Rolo na cama...
O sono me abandonou para sempre.
O suor cobre o meu corpo
Não adianta fugir!
Está ali, tão presente quanto o real.
Até posso sentí-lo!
Vê-lo destrói minha vida!
Por que insistir em amá-lo,
Se a morte já bata à porta?
Jamais o verei novamente.
O calor das multidões
perdeu o sentido de força,
Mesmo rodeado por elas
Me sinto só...
Até as notas musicais que soam ao longe
Parecem desafinadas.
Assim é minha vida agora
Sem harmonia, sem paz
Sem alegria, sem sua voz...
Assim morrerei...
Meu coração continuará implorando
Até meu último suspiro.
Até que veja pela última vez
O mundo colorido
Que ora vejo cinzento
(Pois quando partiu levou consigo suas cores...
E também minha vida)...
Meu coração continuará clamando:
Oh, não me deixes morrer
Sem que antes tenha contemplado,
Ao menos de relance,
A última visão do amor.
(Ana L.Chagas Silva, em 1998) Se utilizar, favor citar a fonte com o Link para este Blog.
Para saber sobre a Biografia e o estilo literário de Álvares de Azevedo, visite o Site Educação Uol.
